Por: Diego Galace

A saúde sexual é definida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como a integração dos aspectos somáticos, emocionais, intelectuais e sociais, sendo esses positivamente enriquecedores, melhorando a comunicação e personalidadeMasters e Johnson foram os primeiros pesquisadores a estudar e informar sobre a função sexual saudável e suas alterações  na década de 1960.

As principais causas da disfunção sexual (DS) são orgânicas, vasculares, neurológicas, hormonais, anatômicas e medicamentosas. Seus fatores de risco incluem: idade avançada, doenças cardiovasculares, sedentarismo, obesidade, tabagismo, álcool, estresse e síndrome metabólica. Os riscos podem ser reduzidos através de atividade física e redução do peso.

Em sua pesquisa, Ayta et al. (1999) estimaram que a prevalência mundial de disfunção erétil vai aumentar de 152 milhões em 1995 para 322 milhões de homens em 2025. Grande parte desse aumento ocorrerá nos países em desenvolvimento e está associado com o envelhecimento da população mundial.

O estudo de Choy (1999) avaliou dois pacientes submetidos à descompressão discal percutânea a laser, e demonstrou que houve melhora no quadro álgico, função sexual, função da bexiga e intestino. Esses pacientes foram avaliados no período pré e pós-operatório, sendo que ambos apresentaram DS leve/moderada antes da cirurgia, e após o procedimento cirúrgico não apresentaram nenhuma disfunção. Em outro estudo realizado por Kulaksizoglu e Kaptan, dez pacientes diagnosticados com hérnia discal apresentaram DS leve e moderada no pré-operatório, e após a cirurgia retomaram a função sexual normalreport, about the recovery of erectile functions post-surgefor lumbosacral disc d2,3). Estudos como os citados acima, demonstram a possível correlação da DS com as patologias que acometem a coluna. Como ainda não existe nenhuma correlação direta e sim uma hipótese, o trabalho do CORE, realizado com a equipe do Instituto Livta, pode auxiliar na melhora da dor lombar e consequentemente numa melhor qualidade de vida para o paciente e, com isso, um ato sexual mais satisfatório.

Bibliografia:

Abdo CHN, Fleury HJ. Aspectos diagnósticos e terapêuticos das disfunções sexuais femininas. Rev Psiquiatr Clín, 2006;33(3):162-7.

Abdo CH, Oliveira WN Jr, Moreira ED Jr, et al. Prevalence of sexual dysfunctions and correlated conditions in a sample of Brazilian women: results of the Brazilian study on sexual behavior (BSSB). Int J Impot Res, 2004;16(2):160-6.

Aristotelis G. Anastasiadis S, Droggin D, et al. Male and female sexual dysfunction: epidemiology, pathophysiology, classifications, and treatment.Principles of Gender-Specific Medicine, 2004; 52 (6):573-582.

Ayta IA, McKinlay JB, Krane RJ.  The likely worldwide increase in erectile dysfunction between 1995 and 2025 and some possible policy consequences. Br J Urol Int, 1999.84:50–56.

Berman JR, Bassuk J. Physiology and pathophysiology of female sexual function and dysfunction. World J Urol  2002;20(2):111-8.

Choy DS. Early relief of erectile dysfunction after laser decompression of herniated lumbar disc. J Clin Laser Med Surg, 1999; 17(1)25-7.

Citeli MT. A pesquisa sobre sexualidade e direitos sexuais no Brasil (1990-2002): revisão crítica. Rio de Janeiro: Centro de Estudos e Pesquisa em Saúde Coletiva, 2005.

Fonseca MFSM, Beresin R. Avaliação da função sexual de estudantes de graduação em Enfermagem. Mundo Saúde, 2008; 32(4):430-6.

Morales A. Erectile dysfunction:an overview. Clin Geriatr Med., 2003; 19:529.

Murtagh J. Female Sexual Function, Dysfunction, and Pregnancy: Implications for Practice Journal of Midwifery & Women’s Health, 2010; 55(5):438-446.

NIH Consensus Development Panel on Impotence (1992). NIH Consensus Conference: Impotence. JAMA. 270:83-90.

Panksepp J. The varieties of love and lust: neural control of sexuality. Affective neuroscience: the foundations of human and animal emotions. New York: Oxford University Press, 1998. p. 225-45.

Rizvi SJYeung NWKennedy SH. Instruments to measure sexual dysfunction in community and psychiatric populations, 2011;70(1):99-109.

Schober JM. The neurophysiology of sexual arousal Best Practice & Research Clinical Endocrinology & Metabolism, 2007; 21(3), 445–461.

Singh JC, Tharyan P, Kekre NS, et al. Prevalence and risk factors for female sexual dysfunction in women attending a medical clinic in south India. J Postgrad Med, 2009; 55(2):113-20.

Thiel RRC et al.Tradução para português, adaptação cultural e validação do Female Sexual Function Index. Rev Bras Ginecol Obstet, 2008; 30:504-10.